Entre os anos de 1927 e 1953 a União Soviética foi comandada por Josef
Stalin, chamado o período de Era Stálin. O líder que buscava a reforma
da sociedade soviética e fazia planos econômicos agressivos.
O ditador soviético iniciou a coletivização forçada das terras, em
1929, que teve resistência nas terras mais produtivas de cereais, terras
ucranianas. Toma-se certo atrito com a Ucrânia.Em planificações
econômicas, os planos quinquenais (de 5 em 5 anos) Stalin colocava metas
exageradas e nunca alcançadas.
No ano de 1936 ocorreram os Grandes Expurgos, membros opositores de
Stalin pertencentes ao próprio PCUS (Partido Comunista da União
Soviética) foram expulsos do país.
Com Stalin no poder a imagem da URSS havia mudado da que Lênin
pretendia construir, assim como a do socialismo que Marx queria
construir.
Em 1940 a União Soviética não havia tomado partido em relação a Guerra
Mundial, pensava-se eu um alinhamento ao Eixo, porém com a quebra do
Pacto de não agressão Molotov-Ribbentrop com a Alemanha em 1941, causada
pela invasão do exército nazista em território soviético, Stalin de
alinha aos Aliados. A participação soviética na Guerra foi conhecida
como Grande Guerra Patriótica, pois era em defesa de seu território.
A Barbarossa, como foi conhecida a invasão da União Soviética pela
Alemanha, foi parada pelo Exército Vermelho, que, apesar de ter ganhado
as batalhas, ao fim sofrera milhões de perdas humanas. Tal conquista se
deve a resistência de todas as repúblicas soviéticas que não deixaram
que os nazistas tomassem Stalingrado e Moscou.
Ao fim da Guerra começava uma guerra ideológica, a Guerra Fria, onde a
conquista de áreas de influencia era a melhor tática de guerra, para
isso as duas potências envolvidas (EUA e URSS) tiveram como arma, por
exemplo, a concessão de empréstimos a baixos juros para países europeus
mergulhados em uma crise pós-guerra. Os EUA fizeram o Plano Marshall
com esse objetivo, a URSS fez o Conselho para Assistência Econômica
Mútua (COMECON) para impedir que países sob a esfera de influência de
Moscou se interessassem pelo Plano Marshall.
Os EUA e o Canadá, juntamente com a maioria da Europa ocidental,
criaram uma aliança militar em 1949, para proteção caso ocorresse um
ataque de um país do leste europeu, a OTAN. Em resposta a União
Soviética firmou o Pacto de Varsóvia em 1955, com os seus aliados para
outra ajuda militar mútua caso houvesse ataque. A situação global ficava
tensa, tinha-se a preocupação de uma grande guerra nuclear a qualquer
momento.
Alguns conflitos como a Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do
Vietnã (1962-1975) e a Guerra do Afeganistão (1979-1989), também como a
Crise dos Mísseis em Cuba (1962) e, na América do Sul, a Guerra das
Malvinas (1982), mostram a realidade da época, a polarização entre EUA e
URSS.
Com a morte de Stalin ,em 1953, ocorreu uma disputa interna pelo poder
no PCUS onde Khrushchov foi o vencedor.
Khrushchov se dedicou a denunciar os crimes cometidos por Stalin.
Realizou numerosas reformas, muitas vezes citadas como precipitadas e
contraditórias. Ele acreditava na coexistência pacifica entre o bloco
comunista e os Estados capitalistas, que contraria o princípio que o
comunismo e o capitalismo eram antagônicos e não poderia viver em paz.
Isso repercute nos países da Europa Oriental, em 1956 ocorre a Revolução
Húngara, e na China, com a ruptura sino-soviética, quando Mao Tse-Tung
rejeita a coexistência pacífica.
Um ponto de competição durante a Guerra Fria foi a Corrida Espacial,
com grandes conquistas soviéticas, que tinham de início melhores
mísseis, fato que levou o primeiro satélite artificial ao espaço,
Sputnik 1, e o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin.
Economicamente Khrushchov foi fraco, tendo atitudes consideradas
precipitadas e contraditórias, fato que influenciou em sua deposição.
Brejnev assume o país em um momento delicado, tensão com a China,
relações inconstantes com os Estados Unidos, a resistência da Iugoslávia
ao Pacto de Varsóvia e uma divisão política dentro do partido.
O novo líder traz o stalinismo de volta ao poder,tenta reabilitar o
nome de Stalin, um fracasso,mesmo vendo-se características do regime
stalinista na Era Brejnev. Brejnev desenvolve a política Teoria da
Soberania Limitada, uma política neo-stalinista, que mantinha Moscou
como o eixo socialista do globo, com as outras nações alinhando-se a
ela. Essa “volta de Stalin” após uma abertura de Khrushchov causa
estagnação política ao país. Mesmo assim a União Soviética alcança seu
auge político, econômico e militar, influenciava todo o mundo, e sua
população se encontrava em melhor qualidade de vida.
Em 1982 Brejnev morre, sucederam-se alguns outros curtos governos, pois
em poucos anos os líderes soviéticos faleciam. Indicava o fim de uma
geração de políticos, então toma posse Mikhail Gorbachev (1985), mais
jovem, liberal e flexível.
Aquele auge dos anos 70 tornara-se uma crise nos anos 80 que
desestruturou a economia soviética. Os custos militares da Guerra Fria
estavam se tornando insustentáveis para a URSS, a aliança entre China e
EUA ameaça a União Soviética, agravando a situação. Outro fator da crise
foi a mudança do modo de produção industrial, de um modo centralizado e
rígido (compatível com o modelo soviético) a um modo descentralizado e
flexível (não compatível com o modelo soviético).
Pela sua boa relação com os membros do PCUS e habilidade política
Gorbachev, um modernista, assumiu o alto cargo a hierarquia soviética.
No poder, Mikhail colocou em prática a perestroika (reconstrução
econômica) e a glasnost (transparecia política), que seriam os planos
carro chefe de seu governo, porém não conseguiram reverter a crise.
Esses modelos novos propostos por Gorbachev não tiveram grande apoio do
Partido Comunista da União Soviético, apesar de proporcionar efeitos
positivos na sociedade. Os opositores o acusavam de trair a URSS e o
socialismo. Vários regimes socialistas começaram a cair, em seus
envolvimentos em guerra começou a forçar a negociação da paz por parte
de seus aliados.
Mikhail pretende resolver a situação política primeiro, depois reformar
a economia, para isso o Tratado de União dos Estados Soberanos foi
projetado para substituir o da Criação da URSS e reformar o Estado. No
dia 19 de agosto de 1991, na véspera de assinar o projeto ocorre uma
tentativa de golpe em Moscou por parte da “linha dura” do PCUS que
formara uma comissão de 8 membros. Gorbachev estava em férias na data,
seu vice foi nomeado interino alegando que Mikhail não teria saúde para
permanecer no cargo. O golpe falha, Gorbachev volta a Moscou se
mostrando decepcionado com os participantes da tentativa golpista. Isso
agravou ainda mais a instabilidade política do país e gerou uma
fragmentação local.
No dia 21 de dezembro de 1991 líderes assinam documento declarando o
fim da União Soviética, em seu lugar criada a Comunidade dos Estados
Independente (CEI).No dia de Natal, Gorbachev renuncia e oficializa o
fim da URSS, a bandeira da foice e do martelo é retirada do Kremlin e
substituída pela bandeira russa. A União Soviética se dissolveu
oficialmente em 31 de dezembro de 1991.
-Bruno Borges
-Bruno Borges