Um projeto idealizado e realizado por estudantes do ensino médio, o blog Comentaristas surgiu durante conversas entre esses. Com o objetivo de trazer informações dos mais variados temas, desde notícias do cenário "pop" atual, até matérias completas de política e histórias. Como temos um grande número de autores, as opiniões podem e vão variar de autor para autor, podem até colidir, dando ao leitor, dois pontos de vista contrários para analisar.

domingo, 18 de maio de 2014

Revolução dos Cravos

08:30 Posted by Unknown , 1 comment
     No dia 28 de maio de 1926 Portugal passou por um golpe militar que instauraria uma ditadura fascista. A Constituição de 1933 deu origem ao Estado Novo, onde António de Oliveira Salazar fora o ditador até 1968, quando foi substituído por Marcello Caetano por estar incapaz de exercer o cargo.
Propaganda do Regime Fascista
     Durante o Estado Novo, partidos e movimentos políticos eram proibidos, as prisões políticas estavam cheias, os líderes oposicionistas eram exilados, os sindicatos eram fortemente controlados, a greve era proibida, as demissões fáceis e a vida cultural era estritamente vigiada. O Estado criou a polícia política PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado), que recebeu formação da Gestapo e da CIA. A PIDE objetivava censurar e controlar tanto a oposição como a opinião pública em Portugal e nas colonias, sendo assim a opressão militar da ditadura.
Símbolo da PIDE
      Portugal manteve-se isolado do resto do Ocidente, o regime era patriótico, alimentava o mito do orgulhosamente sós. Tinha parte considerável de seus investimentos no militarismo, fato que auxiliou o atraso e isolamento do país de todas a mudanças sociais que ocorriam no resto da Europa.
         As colônias africanas pertencentes a Portugal começaram a clamar por suas independências. O regime ditatorial teve de aumentar o seu investimento militar e enviar homens à guerra. A consequência disso foi a instabilidade política e econômica, já que Portugal dependia de seus homens e, principalmente, de suas colônias. O país sofria pressão da OTAN e da ONU para desfazer-se das colônias, mas o regime totalitário não iria dar independência a estas.
         No fim de 1973 capitães militares contrários ao regime começaram a se reunir e planejar um golpe à ditadura, dando origem ao Movimento das Forças Armadas. No ano seguinte os generais Spínola e Costa Gomes são demitidos de seus cargos pelo governo por apoiarem solução política nas guerras das colônias. No dia 24 de março de 1974 ocorre o último encontro clandestino do Movimento e lá organizam o golpe.
    Comandados pelas músicas da rádio, os militares ocuparam posições estratégicas da cidade de Lisboa na noite de 24 de abril de 1974 às 22:55 ao som de E depois do Adeus, música popular da época. À 00:20, com a música Grândola, Vila Morena de José Afonso, os militares tomaram a cidade que amanheceu com civis nas ruas à agradecer os soldados que puseram fim à ditadura fascista colocando cravos na ponta de suas espingardas. Helicópteros juntaram-se à festa jogando cravos sobre Lisboa, flor que virou símbolo da Revolução, ao som de Grândola, Vila Morena, a música seu hino.
    O sucessor de Salazar, Marcello Caetano, renuncia, deixando o cargo, e um país em vários conflitos para o general Spínola.
    Mário Soares, um dos muitos exilados políticos, voltara a Portugal para exercer o cargo de Ministro de Negociações Estrangeiras com 3 objetivos em mente: 1. Descolonizar; 2. Democratizar; 3. Desenvolver o país. Cada um desses se tornou realidade a seu tempo. Mário Soares veio, anos depois, a se tornar presidente da república.
     Logo depois, a paz era concretizada nas colônias, agora libertas. Após exatamente 2 anos da revolução, uma nova constituição era feita. Durante os anos seguintes ao golpe houve instabilidade política. Em meio a Guerra Fria os extremistas queriam tomar o governo português. Enfim o país estabilizava-se e seguia em direção ao progresso.
Comemorando 40 anos livres da ditadura





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