Um projeto idealizado e realizado por estudantes do ensino médio, o blog Comentaristas surgiu durante conversas entre esses. Com o objetivo de trazer informações dos mais variados temas, desde notícias do cenário "pop" atual, até matérias completas de política e histórias. Como temos um grande número de autores, as opiniões podem e vão variar de autor para autor, podem até colidir, dando ao leitor, dois pontos de vista contrários para analisar.

domingo, 27 de abril de 2014

O Clichê Nosso de Cada Dia

21:55 Posted by Anna Marchezan No comments
   “Era uma vez...” “Em um reino distante viveu uma garota...” “Então, o belo príncipe chegou com seu cavalo branco e salvou a doce garota inocente...” “E viveram felizes para sempre”. Típicas frases que construíram parte da infância de muita gente. Porém, mais tarde, isso virou “histórias repetitivas e maçantes”.
    Mesmas frases, mesmos princípios, mesmos finais, chega em um ponto que parece ser estranho. Porque será que algumas histórias ou até mesmo filmes adotam um pouco de clichê? Ao passar dos anos, ficou desgastante, previsível e chato! O enredo passa a seguir um padrão, que ao ler (ou assistir) consegue-se muito bem adivinhar qual a próxima cena e na maioria dos casos, a adivinhação está certa.
   Após notar algumas partes clichês, torna-se cansativo, nada empolgante, não existe aquele impulso que te faz ter uma motivação a ler, até porque, é possível pensar em um final para a trama antes mesmo de chegar na metade. Aliás, o que torna a leitura impressionante, são os fatos que nos pegam desprevenidos e não aqueles que seguem uma regra que constitui uma mesma ação.

    Foi o que me aconteceu dias atrás. Pego o livro, o aprecio em minhas mãos, abro ele e dou de cara com uma cena clichê. A pergunta que me fiz até a última página do livro foi “Onde terei ânimo para ler agora?”. Fiquei imaginando as cenas que viriam depois da leitura de certo fragmento, virava a página e o que esteve em minha mente passou-se para o livro. Certamente, em 301 páginas eu me senti uma vidente.
    Durante 21 capítulos enrola-se o romance, para no final: a mocinha ficar com o galã, a vilã nunca mais ser vista e todos “viveram felizes para sempre”. De todas as cenas que continham naqueles parágrafos, lembro-me somente de uma que me fez ficar chocada. Desabafo que foi um desgosto ler aquelas situações clichês.
   Em contra partida, veio-me à tona o livro “Julieta Imortal”. Em seguida do fracasso do antigo livro, apostei todas as minhas expectativas nessa recente narrativa. Ao me deparar com um novo mundo nas palmas de minha mão, fico surpresa: mágicas palavras, incríveis falas, maravilhosos detalhes e revelações em apenas algumas páginas. Estive escassa de estranhezas por um tempo, todavia Julieta Imortal me devolveu a boa sensação de ler aventuras.
   Stacey Jay, autora desse livro, conseguiu destruir a maior história de amor de todos os tempos: Romeu e Julieta. Ela descreve outra versão desse casal, uma versão mais assombrosa e fria que não contém clichês amorosos. Apaixonei-me por cada palavra escrita naquelas linhas que arrepiam qualquer um. E eu estou somente no décimo capítulo.
Se a gente pensar que já viveu tudo o que tinha pra viver, que não há mais surpresas nem vertigens pela frente, que graça terá acordar amanhã de manhã?”
Martha Medeiros


CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa

18:11 Posted by Unknown No comments
    Integrado por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa foi estabelecida em 1996, mas já em 1989, com o encontro realizado entre Chefes de Estado e Governo de língua portuguesa, a comunidade era idealizada e apoiada por embaixadores. Em 2002 Timor-Leste tornou-se um membro da Comunidade, chegando a formação atual de 8 membros.
 Bandeira da CPLP
    A CPLP concentra suas ações em três objetivos gerais: a concertação político-diplomática; a cooperação em todos os domínios; e a promoção e a difusão da língua portuguesa. A Comunidade se mostra uma forma de praticar a política externa entre os territórios lusófonos (países com cultura portuguesa), criando projetos políticos que ajudam na interação entre os membros e associados. Os países e regiões associados à CPLP estão presentes em todos os continentes e têm status de Observador Associado. Instituições com o objetivo da comunidade são consideradas Observadores Consultivos.
    Entre os países e regiões que pediram ao Secretariado Executivo da CPLP participação na comunidade estão: Uruguai, Venezuela, Ucrânia, Croácia e Goa (índia), Galiza (Espanha). No caso do Uruguai, o qual deseja ser Observador Associado e já foi território português e brasileiro, o número de falantes de português vem aumentando, e atualmente o ensino de português é obrigatório a partir da sexta série. Em Galiza, região da Espanha, há um Observador Consultivo porém o pedido de tornar-se Associado não é aceito pelo governo Espanhol.
Países membros, Observadores Associados e países e regiões oficialmente interessados identificados no mapa
   Pelo Secretariado Executivo é feito o estudo, a escolha e a implementação de planos políticos para a organização, também é por este que a Comunidade é regida. O mandato do Secretário Executivo dura dois anos e é passível de reeleição, da criação até hoje houveram dois brasileiros ocupando este cargo. A CPLP criou os Jogos da CPLP, um evento desportivo para jovens com idade inferior ou igual a 16 anos, o qual terá sua próxima edição este ano em São Tomé e Príncipe. Realizaram, ano passado, a primeira edição do concurso Miss CPLP cuja vencedora foi Andreia Lima, de São Tomé e Príncipe. Em 2005, numa reunião na  Angola, a Comunidade decidiu que no dia 5 de Maio seria comemorado o Dia da Cultura Lusófona.
    A organização acaba frustrando expectativas que alguns sociólogos e críticos tinham em 1996. Apenas um país desenvolvido pertence à CPLP, Portugal. Fala-se que a CPLP é focada demasiadamente entre dois países, Brasil e Portugal, e acusa-se estes de neocolonialismo. Nota-se também a falta de intervenção da organização em fases críticas aos países membros desta. O Brasil, na organização, explora a relação Sul-Sul e recebe apoio ao tentar ocupar cargos em grupos de interesse para poder exercer sua soberania.
    Mesmo com duras críticas deve-se levar em consideração projetos político-diplomáticos que vêm sendo aplicados para defender e difundir a Língua Portuguesa e aprofundar o intercâmbio cultural entre os países membros.

sábado, 19 de abril de 2014

Altos e Baixos

08:00 Posted by Unknown , No comments
     Acredito firmemente que a nossa vida é feita pelos nossos altos e baixos, destaco, portanto, os dias de minha vida que me fizeram mais feliz e mais triste, aqueles que construíram minha história.
     Minha lembrança marcante mais antiga é da morte de meu avô, 31 de dezembro, dia de ano novo. Era criança, não podia compreender o que a morte significava. Aquele tempo foi duro para minha família, em uma semana estava com a saúde visivelmente impecável, na outra, recebíamos a notícia da morte. Ouvi de meu pai, seu filho mais velho, que quando seu pai não mais se sentiu bem, já no hospital, fez um sinal negativo. Depois de meu avô nunca mais minha família paterna fez festas como antes, não me recordo de confraternizações depois daquele dia.
     Alguns anos mais tarde, em meu aniversário, quando ganhei de presente um pequeno grande amigo. Um filhote  peludo, que em meses se tornou um gigante de quatro patas que me acompanhava a todos lugares. Aquele animal trouxe a alegria infantil que precisava durante minha adolescência.
     Perto do fim de minha adolescência conheci uma garota. O fogo que ardia em meu peito era invisível e incontrolável. Minha amada, era com ela que construiria uma família, levantaria casa e envelheceria. Logo já tínhamos planos de mudança para cidade grande, abandonaria meus pais e meu cão para viver com minha mulher.
   Aos poucos percebia que meu avô era quem eu tinha como exemplo de vida. Era uma homem politicamente ativo, simples, trabalhador, ganhava pouco mas dentre seus irmãos (que tinham melhores empregos) fora o único que conseguiu construir uma casa.
     Num dia que veio a ser importante minha mulher me contou que estava grávida. Eu, no primeiro instante, me espantei, entretanto logo estava animado com a novidade. Tinha um bom emprego como professor, era bem resolvido financeiramente.
     Durante a gestação de minha recém esposa, minha mãe fazia constantes ligações. Ao menos uma vez por dia ligava para casa para saber como as coisas andavam. Em uma das ligações contava chorosa como acharam o meu cão atirado ao chão do pátio, morto. Coitado estava velho, surdo, quase cego. Eu já começava a ter contato com a morte, mas não compreendia.
    O nascimento de meu primeiro filho foi inesquecível. Foi um dia muito marcante, não só pelo meu filho, mas por ter sido a primeira vez que me embebedava por completo.
    Aos poucos entendi o funcionamento da relação vida e morte, mas haviam detalhes importantes que eu ainda não conseguia enxergar.
     Meu filho tinha três anos quando minha mãe me ligou, que agora era só para casos extremamente graves. Meu pai passava mal. Era noite, eu saí de carro sozinho, deixando minha amada em casa com nosso pequeno. Quando estava no hospital com meu pai os médicos perceberam que o velho estava enfartando. Olho para ele e reconheço o sinal que fazia com a mão direita, o mesmo de meu avô.
     A perda de meu pai foi um grande passo para o entendimento do funcionamento da morte e sua relação com a manutenção da vida. Minha mãe que sempre fora forte estava em silenciosa e parada, isso perdurou anos até sua morte, minha esposa diz que morreu por desgosto, os médicos por velhice.
    À noite, em uma conversa com minha mulher, discutimos como nosso filho se sentia solitário, sem ninguém com quem conversar ou brincar, tinha cinco anos e precisava de um novo amigo em casa. Queríamos um segundo filho. A notícia foi a melhor de todas que já havia recebido, em menos de um ano nossos planos começaram a se tornar realidade, minha mulher engravidara novamente.
     A gestação fora muito tranquila, sem nenhuma complicação. A época em que mais sorríamos um ao outro sem nenhum motivo eminente. Contávamos os dias para o nascimento de nossa segunda criança e a cada dia que passava percebia que aquela garota que tinha conhecido tão jovem era realmente com quem eu iria envelhecer. Aquele fogo que ardia quando novo permanecera o mesmo depois de anos juntos.
     Minha esposa entrou em trabalho de parto no dia previsto. Levei-a rapidamente ao hospital. Estávamos ansiosos e animados, mas o que veio a seguir não fora algo que merecíamos. Perdi minha amada e meu segundo filho.
     Houveram complicações durante o parto, suficientes para causar a morte. Meu filho não compreendia o motivo de sua mãe não voltar para casa com seu irmãozinho, era como eu quando pequeno, não compreendia a morte.
     Com cabelos brancos percebo que a morte tem um ciclo habitual dependente da vida. A morte faz com que os velho dê lugar aos mais novos, mas os mais velhos deixam nos mais novos um espaço na memória dedicado a eles. Não compreendemos a razão da morte, mesmo que na hora certa, não entendemos o fim de algo ou alguém. A confusão se agrava quando a morte mistura pontos altos e baixos em mesmos momentos, quando o ciclo habitual da morte é quebrado por uma situação atípica.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

É só o vento lá fora

12:52 Posted by Victor G. , , No comments
O farfalhar da grama, suavemente acordara-me, olhei pela janela,  breu total. Ao tentar ver as horas, o relógio digital não passava de um borrão luminoso no meio do quarto escuro. Tateei a mesa de canto em busca de meus óculos, nada, um leve desespero começou a tomar conta de mim, na noite anterior eu enxergava perfeitamente sem eles.
Novamente ouvi a grama farfalhar, e com isso, outro ruído -seria um resmungo?
Meus olhos se acostumaram com a escuridão, vi meus óculos na estante. Levantei, e, silenciosamente, caminhei até ela.
O par de olhos de vidro presos à armação causava em mim uma estranha sensação.
Com o farfalhar e o resmungo, um miado.
Caminhei até a janela, ainda breu total.
Resolvi, então, lavar meu rosto.
Na pia do banheiro encontrei um par de lentes de contato, percebi, assim, que os óculos não eram meus.
Passos.
Num súbito movimento tirei os óculos e me encolhi atrás da porta.
Os passos continuavam, e se aproximavam do banheiro.
Clap
As luzes se acenderam.
Uma linda garota entrou no banheiro, por uma fração de segundos preparei o fôlego para gritar, até reconhecer minha namorada. Ela estava linda como nunca antes, exceto pelos seus cabelos, antes loiros, agora brancos como a neve, e a pele, naturalmente clara, branca como o cabelo.
Outra fração de segundo até ela me ver, e, apavorada, gritar.
Depois de levar vários chutes e xingamentos, fui reconhecido e ela pediu desculpas,  seguidas de "o que diabos você faz aí? ".
Falei que não me sentia bem e havia me machucado ao colocar a lente. Fomos para a cozinha -eu precisava de um café. Lá,  constatei que eram duas horas da manhã, e a aparência fantasmagórica de minha namorada era apenas uma impressão causada pela fraca iluminação do banheiro.
Os passos voltaram, e por poucos milissegundos pude ver dois pontos brilhando na janela escura.


Corri para esta,  e, novamente, breu total.
Voltei para a mesa e tomei mais um gole do café.
Crack
Um galho cedia ao peso do pé de alguém do lado de fora da janela.
Dessa vez nem me dei ao trabalho de checar a janela. Minha namorada parecia não perceber.
Perguntei o que a acordara, ela nem chegara a dormir, trabalhava no seu TCC e tinha que voltar ao trabalho. Disse a ela sobre o que ouvi.
"É só o vento lá fora".
Dei-lhe um beijo de boa noite e voltei para o quarto.
Quando lá cheguei, um pouco do breu havia se dissipado e vi um vulto correndo na grama, logo depois os olhos voltaram.
Lá permaneram por mais alguns segundos, e também se dissiparam.
Quando, tremendo, me deitei na cama, ouvi leves batidas ritmadas na parede, formando uma melodia de velório.
Então minha namorada apareceu na porta, com sua aparência fantasmagórica, vestida com as mesmas roupas do dia em que me despedi dela, para a sua primeira, e última, viagem de avião, a qual ela fazia para apresentar seu TCC. As batidas continuavam na parede externa. Neste instante, lembrei que morava no sexto andar de um prédio.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

A obesidade infantil

05:58 Posted by Unknown , No comments
A obesidade é um impasse muito frequente em todo o mundo. Lanches rápidos, sedentarismo e a industrialização levaram pessoas em todo o mundo a enfrentar graves problemas de saúde. Porém, o tipo mais preocupante de obesidade é a infantil. Ela é caracterizada quando excede-se o peso – em média – a partir de 15% em relação à idade correspondente. 

O sobrepeso de crianças com até 12 anos cresceu consideravelmente nos últimos anos. Apenas no Brasil, houve um crescimento de 1.000% nos últimos quarenta anos, afirmado por Víctor Rodríguez Matsudo – um dos médicos encarregados pelo Estudo Internacional de Obesidade Infantil. Nestes dias, a obesidade infantil afeta 39% das crianças brasileiras, um dado que alarma toda a população. Essa pode causar, principalmente, obesidade mórbida; doenças respiratórias, cardíacas e ortopédicas; asma; apneia do sono; elevação de colesterol e triglicerídeos; hipertensão e diabetes tipo dois. 


Calcula-se que, das mortes prematuras que ocorrem anualmente, mais de dois milhões são consequentes da obesidade. De acordo com dados oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS), em crianças abaixo de seis anos, uma em cada dez ultrapassa o peso recomendado. Ainda segundo a OMS, um terço das crianças de seis a nove anos já se encontra em estado de obesidade. 

A estimativa feita por Claudia Hallal Alves Gazal, pediatra e nutricionista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atesta que em 2020 haja 60 milhões de crianças obesas. Esse dado preocupa cada vez mais a população, que vê-se rodeada por alimentos desencadeadores do ganho de massa. 

Cerca de 71,6% das propagandas destinadas ao público infantil são de doces, refrigerantes e sanduíches. São convidativas e captam a atenção do telespectador, além de induzir o consumo de seus produtos que, na generalidade, afetam a saúde de maneira negativa. As redes de fast food, por exemplo, apresentam hambúrgueres extremamente calóricos e com um índice de gordura deveras elevado, bem como oferecem brindes que atraem consumidores mirins. 

Agregada ao sedentarismo, a má alimentação – e até mesmo a tendência genética – levou 42 milhões de crianças ao sobrepeso. A situação alarmante pode ser revertida com hábitos alimentares saudáveis, prática de exercícios físicos e, é claro, consultas periódicas ao nutricionista. Há também algumas ONGs e ativistas que lutam para conscientizar as grandes empresas em deixar seus produtos com um menor teor de gordura. 

O combate à obesidade infantil tem de estar veiculado constantemente nas mídias, uma vez que chegar à fase adulta com acúmulo de gordura é quase um sinônimo de problemas de saúde. É importantíssimo que se procure um profissional, assim como o apoio familiar. Somente através dessas medidas a qualidade de vida das crianças tende a melhorar.

sábado, 12 de abril de 2014

Crônicas - O Guerreiro da Liberdade

13:40 Posted by Victor G. , , No comments
     A brisa suave da madrugada varria os arredores da usina, cerca de 400 integrantes do Movimento Sem-Terra se aproximavam dela.
     Conosco, alguns outros movimentos e sindicatos rurais participavam da invasão. Sob meu comando, depois de cortarmos a cerca, o grande grupo acampou na plantação de cana-de-açúcar.
     Há muitos anos eu recebia auxílio salarial do governo. Sem trabalhar, pude dedicar meu tempo à luta  pela igualdade e liberdade.
     Invadir a usina fazia parte desta luta, alguma brecha na lei e algum erro na papelada tornavam esta grande produtora de etanol, energia e açúcar, um monstro de sete cabeças no caminho do desenvolvimento. Este monstro precisava ser detido.
     Com a chegada da manhã e dos funcionários da usina, um boletim de ocorrência foi registrado e os bravos guerreiros da liberdade expulsos.
     Mas a luta não acabou.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A cura do câncer há de se achar

19:34 Posted by Unknown , No comments
O câncer é um tumor maligno proveniente da multiplicação desordenada das células.  Ao se reproduzirem agressivamente, essas crescem e formam outras células com anomalias, capazes de se infiltrarem em órgãos ou tecidos. As causas desse conjunto de doenças ainda não foram totalmente comprovadas, tampouco a cura dela. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), 8,2 milhões de pessoas em todo o mundo morreram da doença em 2012. Além disso, 14 milhões de pessoas são portadores de câncer. O tratamento eficaz e permanente é estudado há muito tempo, contudo os resultados são apenas remédios que, em parceria com outros fatores como cirurgias e radioatividade, podem afastá-lo por um tempo indeterminado.

Quando as células anômalas se espalham por todo o organismo através da corrente sanguínea ou vasos linfáticos, surgem novos tumores em todo o corpo: metástase. Raramente um paciente que dispõe dessa disseminação citológica se mantém vivo por mais que alguns meses, mesmo com todas as drogas e processos existentes. Estima-se, pela indústria farmacêutica, que são necessários mais dez anos de pesquisa agregados a um bilhão de dólares para um produto mais eficiente. Há quem diga que a Medicina, apesar do avanço tecnológico e científico, não será capaz de achar a cura para a doença que vitima milhões de pessoas todos os anos. Por conta de o câncer possuir vários tipos de categorias e estágios, torna-se difícil desenvolver um medicamento apropriado para todos os tipos da disfunção. Outros se baseiam em certas particularidades para a crença de uma terapia perdurável.

O caso de Ian Brooks deu aos cientistas uma nova esperança. Usufruindo de uma nova droga, vedotin de brentuximab, o homem erradicou 70 tumores adquiridos pelo Linfoma de Hodgkin. Aos 47 anos, foi o primeiro a experimentar a droga fora dos Estados Unidos. O remédio age com uma proteína chamada CD30, localizada na superfície das células cancerígenas, que produz uma substância que causa o falecimento da célula. Mesmo dando uma ideia de possível cura, o vedotin de brentuximab pode ter efeitos colaterais severos, como neuropatia periférica, toxicidades hematológicas, graves infecções e a Síndrome de Stevens-Johnson (doença rara na pele).

Abaixo, é possível ver a comparação entre os raios-X tirados do paciente.

Fonte: O Correio News


De maneira evidente, a ocorrência da melhora de alguns pacientes específicos possibilita a expectativa de mais avanços no ramo da Oncologia. Sendo assim, os pesquisadores estão confiantes no que pode ser o começo da solução de quase quinze milhões de pessoas. Partindo do pressuposto de que algumas proteínas podem auxiliar a extirpar o princípio do câncer, as averiguações não cessarão tão cedo. Diversos testes, tanto humanos quanto animais, são realizados diariamente. Cabe esperar pelo desfecho do, talvez, maior êxito da Medicina mundial. A busca incansável pela cura do câncer continua. 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Liberdade

15:05 Posted by Unknown No comments
     Liberdade, com origem do latim libertas, um conceito utópico, é dissertada por diversos filósofos. A cada dissertação cria-se um novo conceito e interpretação do que é liberdade. Dentre os filósofos que interpretaram o tema, destaco Pecotche, Mikhail Bakunin e Sartre.
     Pecotche, um escritor, conferencista e pensador humanista argentino, acredita que o homem nasce livre, porém só o percebe quando a sua consciência entra em funcionamento como um ser racional e espiritual. A liberdade, segundo ele, tem as suas fronteiras ampliadas ou estreitadas a partir da consciência humana. Quanto mais ampliarmos os domínios da consciência mais livres seremos.
     Para Bakunin, um teórico político russo e também um dos principais expoentes do anarquismo em meados do século XIX, se referia a uma realidade concreta baseada na liberdade simétrica de outros. A liberdade consistiria no desenvolvimento pleno de todas as faculdades e poderes de cada ser humano, pela educação, pelo treinamento científico, e pela prosperidade material. A concepção de liberdade de Mikhail Bakunin é eminentemente social, já que só pode ser concretizada em sociedade, não em isolamento. No sentido negativo liberdade é a revolta do indivíduo contra todo tipo de autoridade, divina, coletiva ou individual.
    Sartre foi escritor e crítico francês, o qual acreditava que os intelectuais têm o dever de desempenhar um papel ativo na sociedade. Sartre acreditava que o o homem nada era antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para definir a si mesmo. Pela sua tese a liberdade é absoluta ou não existe. Sartre revê a tese de Lutero, a qual diz que a liberdade não existe pois Deus tudo sabe e tudo prevê, porém, como para o francês não há Deus, a liberdade é absoluta. Por outro lado, se tudo fosse reduzido à matéria, a consciência e a liberdade não existiriam, tornando-as, assim, conceitos inexistentes. Se o fundamento da consciência é o nada, nenhum ser poderia explicar o comportamento humano. Não há nenhum tipo de essência - divina, biológica, psicológica ou social - que anteceda e possa justificar o ato livre, este próprio que tudo justifica.
     Partindo de reflexões de filósofos, percebe-se a relação do consciente com a liberdade, talvez por esta ser praticada pelo consciente, que quanto maior for mais ampliada é a liberdade. Esta, aplicada numa sociedade, implica em seu estreitamento pelas leis, provavelmente porque as consciências não se desenvolveram em plenitude para o convívio sem auxílio delas, em completa liberdade.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Elysium

18:36 Posted by Unknown , No comments
 Quando superlotação, guerras e crescimento desenfreado da poluição e do lixo tomam conta de nosso planeta, a elite da Terra cria uma estação espacial gigante chamada Elysium, onde não há poluição, escassez de recursos e todos os funcionários são robôs programados para entender e proteger os moradores de Elysium, que nunca adoecem ou envelhecem.


 A história acontece em 2159, em pleno século 22, onde a maior parte da população terrestre passa por dificuldades, sendo mão de obra barata em imensas fábricas, comandadas por fornecedores da imensa Elysium.
 Logo no inicio já é feita uma critica, o protagonista(Matt  Damon) do filme é espancado pelos guardas robôs sem ter feito nada, mostrando o abuso de autoridade. Assim, ele tem seu braço quebrado e vai para a fábrica em que trabalha, onde recebe uma ameaça de demissão pois não está fisicamente disponível e existe uma fila imensa de desempregados esperando uma vaga.
Após uma leva de robôs ser posta numa maquina onde são expostos à radioatividade e calor intensos. A cena muda para um aglomerado de pessoas, em sua maioria doentes e deficientes, que pagam para receberem uma "documentação" falsa, feita diretamente na pele e serem levados para Elysium, onde têm uma chance de cura. Logo, três naves decolam e são detectadas pelos radares da estação espacial. Esta aciona um mercenário fortemente armado que atira misseis guiados para destruir as naves clandestinas. Duas delas são destruídas, enquanto uma milagrosamente desvia do míssil  e consegue pousar em Elysium. Forças  robóticas são mobilizadas e abatem ou capturam os imigrantes clandestinos. Já viu isso em algum lugar não é?
 Só uma mulher com sua filha escapam e invadem uma mansão onde encontram uma das máquinas médicas. A garotinha é curada e logo depois ela e sua mão são capturadas pelos robôs.Os sobreviventes são deportados de volta para Terra.


 É claramente perceptível uma crítica feita pelo filme em relação aos direitos humanos desiguais e a invasão de latino americanos à América do Norte em busca de uma melhor qualidade de vida a si mesmos e a suas famílias. São vistos os conflitos de fronteira, onde muitos imigrantes são abatidos e mortos ou barrados por cercas e muros. Os que obtém sucesso mas são pegos ou não têm autorização, algo muito difícil de se conseguir, são deportados de volta para seu país de origem, presos ou até mortos pelas autoridades.
 Como visto no filme, muitos deles se envolvem com entidades criminosas para tentarem a sorte na fronteira e nos países invadidos, o que os deixa a mercê destas entidades e têm que trabalhar para essas,mesmo que custe sua vida.

sábado, 5 de abril de 2014

Encolhimento de Mercúrio

17:04 Posted by Pedro Fleith No comments
O planeta Mercúrio está hoje cerca de 7 km menor do que quando sua crosta se solidificou há mais de 4 bilhões de anos, segundo uma pesquisa feita pela Agência Espacial Americana (Nasa).

sexta-feira, 4 de abril de 2014

im.par.ci.al

23:53 Posted by Unknown , No comments
     "im.par.ci.al Que julga sem paixão; reto, justo.", segundo Aurélio. De maneira mais breve e simplória "que não é nem de um lado nem de outro". Imparcialidade é um termo praticado na imprensa e na justiça que se refere a não privilegiar ninguém e nenhuma parte. Na justiça, o juiz a tem para poder estar acima das partes envolvidas , sem demonstrar nenhuma preferencia por nenhuma delas, e poder julgá-las corretamente. Na mídia ela é importante para entender o que de fato ocorre no espaço geográfico trazendo a pluralidade, que trata igualmente os discursos. A imparcialidade midiática pode ser vista como mais influente que a judiciária (sem diminuir sua importância), pois sai da mídia toda informação que se recebe, obtendo poder e influência sobre a população, e, muitas vezes, acaba-se crendo em qualquer informação ou opinião ali exposta. Esta crença é perigosa , já que, caso houver parcialidade (preferencia por uma parte) no assunto, a informação passada se torna uma mentira.
     A participação da imparcialidade na mídia, como dito, é importante para a exposição do real, mas ela não é aplicada em todos os meios midiáticos. O meio televisivo e radial a tem aplicada, por lei (apesar de não ser cumprida por completo), provavelmente porque são os meios de comunicação mais acessíveis ao povo, este deve receber a informação da forma mais verídica possível. Isso não significa que a manipulação não exista, mesmo na tentativa de imparcialidade é possível encontrar opiniões ocultas sendo transmitidas. Já a internet e a mídia impressa estão livres da lei, a parcialidade é comumente usada, ou seja, são com esses meios que mais tem de ser precavido. Ideias e opiniões longínquas da realidade estão presentes no cotidiano, já que a internet, meio parcial, está cada vez mais fazendo parte do dia a dia do brasileiro.
     É difícil, ou quase impossível, achar a imparcialidade nas mídias, portanto deve-se sempre estar prevenido das informações, elas, assim como podem ser reais, podem ser falsas. Durante a leitura de uma reportagem ou ao assistir a televisão, de-se analisar as informações, logo tira-se o fato. Depois analisa-se a maneira como é dada a notícia, ela pode dizer muito sobre de que "lado" pertence. E, o mais importante, compara-se com vários outros meios onde a mesmo notícia foi publicada (pluralidade), colocando em mente uma "sombra" mais semelhante à realidade. Importante dizer que nada do que se informa, além do fato, é realidade completa, não passa de uma interpretação, e, para uma interpretação mais próxima ao fato, devemos buscar em diversas fontes a realidade.
     Houve um tempo em que o mundo era regido por duas grandes ideologias, as duas com muito poder e influência sobre o globo. Naquele tempo toda informação que chegava a qualquer população era alterada devido à ideologia pela qual o região era influenciada. A realidade era criada por uma mídia parcial, que manipulava os fatos a seu favor. Hoje o mundo não mais é polarizado, não mais precisa-se de parcialidade nas informações. É incabível escutar falsidades criadas por um "lado da moeda" sendo que não há mais por que da existência de "lado de moeda". Deve-se buscar o meio termo da polarização de ideologias, buscar a realidade, e a imparcialidade faz parte do caminho. Filosoficamente deve se livrar dos prejulgamentos, preconceitos, crenças cotidianas e de todas nossas influências para questionar em busca do real.
     Quando fala-se sobre imparcialidade, não é pensado em privar o indivíduo de pensar e ter suas próprias opiniões, mas sim ter conhecimento da realidade a partir de mídias imparciais para que este possa formar seus próprios pensamentos. Com uma mídia sem posição pode-se haver um povo tomando a sua própria.


Fontes:












A Sabedoria Oculta

18:35 Posted by Anna Marchezan , 1 comment

   Observa-se em uma passagem da obra “A República”  escrita por Platão,  a alegoria (mito) da Caverna de Platão onde contém a história de Sócrates ,seu mestre, implícito nos trechos.      
   Resumidamente, conta-se sobre a vida de prisioneiros que nasceram e viveram ali, acorrentados dentro de uma caverna escura, aonde só se tinha uma fogueira que provocava sombras de objetos e de pessoas que projetavam-se na parede (a qual os prisioneiros ficavam olhando o tempo inteiro).  Imaginemos que um prisioneiro saísse das correntes e tivesse a oportunidade de explorar o mundo exterior e percebe-se que mesmo a luz do sol o cegando por um instante, o “mundo da luz” é o melhor lugar para viver. Ele voltaria para a caverna e dividiria os conhecimentos adquiridos no mundo de fora com seus colegas, os companheiros chamariam  de louco e ameaçariam de morte caso não parasse de falar ideias absurdas, pois essas, são pensamentos fora da realidade dos prisioneiros.
   Para a época, essa alegoria foi uma visão parecida com qual viveu Sócrates, e Platão se encontrava na mesma situação: Ir ou não para a luz? Nesse mito, o pensador também quis  demonstrar que vivemos (tanto naquela época quanto nestes dias) em um mundo projetado por sombras. A sociedade não aceitou que Sócrates questionasse a vida, encontrasse outros saberes, outros pensamentos, porque as pessoas queriam viver dentro das próprias “sombras”, dentro somente de suas opiniões.
     Trazer esse mito para o mundo de hoje, não se foge muito da ideia que foi descrita há tempos atrás. A sociedade destes dias é uma réplica dos prisioneiros; as nossas opiniões, pensamentos, ideias que temos sobre o mundo são somente sombras que a mídia constrói e reproduz para manipular-nos.
    O mundo é a caverna, os prisioneiros somos nós, as sombras é o que acreditamos e a luz... ninguém sabe o que é, pois não se conseguiu ainda alcançar a verdadeira realidade, a verdadeira sabedoria, logo vivemos em um mundo controlado pelo dinheiro. Por exemplo, quando recusamos a aceitar outras culturas diferentes da nossa, isso são as correntes agindo sobre nós. Mal conseguimos enxergar o que pode estar tão óbvio, temos um conhecimento básico de tudo;  quando vamos avançar para outro patamar? Quando iremos perceber que para ter uma ideia precisamos sair desse mundo tão fechado?
    O primeiro passo é reconhecer que estamos acorrentados na caverna escura, e para aqueles (poucos) que querem explorar o mundo exterior, será um tanto difícil, enquanto a mídia estiver “sugando” nossas críticas, nossas visões, opiniões. E aquilo que está por trás dessa manipulação não quer nem um pouco que qualquer indivíduo busque saber outras realidades, isso já está uma regra: nascemos, vivemos e morreremos sob as sombras da fogueira.

    Entretanto, há uma pergunta que perturbará muitos:  como queremos alcançar o mundo da luz, se o conforto está em nosso próprio egoísmo?



terça-feira, 1 de abril de 2014

"O Show de Truman"

22:40 Posted by Unknown , No comments
Do filme, "O Show de Truman", se tem muitas coisas para pensar e discutir. 
Truman era um homem que tinha a sua vida vigiada por câmeras em um mundo cercado, entre paredes. Todos sabiam o que ele fazia ou o que deixava de fazer, e, principalmente, de seus medos, estes que a produção fazia ele ter. Por exemplo, o seu medo de mar: após a perda de seu pai em um naufrágio, Truman acaba tendo pavor de navegar, até de atrevessar pontes. Isso foi feito para que, se ele decidisse se aventurar, descobriria a falsidade de seu mundo, porém a sua fobia o impediria.
Amigos, figurantes, tentavam lhe dizer que a vida que ele pensava ter era planejada. Mas as pessoas da produção conseguiam afastar os figurantes de Truman. 
Quando acaba isso tudo as pessoas, que estavam na frente da televisão durante anos vendo uma vida que não era delas, não sabem mais o que fazer quando tudo isso acaba. Não sabem como é viver.
"O Show de Truman" mostra como somos controlados pela televisão, o quanto a nossa vida é dependente desta e o por que de termos que lutar para sair de sua bolha e viver a vida real.
Acabamos deixando de pensar para assistir uma novela ou um filme. O que você faria sem a televisão e sem a internet (que também está presente no nosso dia-a-dia e que muitas pessoas não largam)? 
Resposta: Viveria




-Luana R.

O Regresso da Literatura

20:39 Posted by Unknown , No comments
A mulher tem sofrido com o machismo há muito tempo. Desde os tempos pré-históricos, é ela a responsável pelas tarefas domésticas e pelo cuidado dos filhos. Enquanto os homens saíam para caçar, eram as mulheres quem cuidavam da agricultura. Ao desenrolar da História, é possível perceber que houve muitas mudanças. Numa monarquia, por exemplo, o poder era passado de pai para filho, em primeiro lugar. Já nos sistemas mais recentes e democráticos, eram apenas homens que votavam.

Em teoria, o sexo feminino conquistaria mais respeito perante a sociedade na virada do século XX.  Com a Segunda Revolução Industrial, a mão-de-obra feminina foi incorporada nas indústrias, mas pouco efeito causou. Surgiu o Dia Internacional da Mulher e um foco maior para os direitos da mulher. Contudo, esses parecem não deixar o papel ainda nos dias de hoje.

Assédio, diferença salarial entre homens e mulheres, violência doméstica... Esses são apenas alguns dos reflexos do machismo na sociedade. Todavia, deve-se destacar que a mulher está cada vez mais ganhando espaço em todo tipo de relação. Ao que tudo indica, o sexo feminino está cada vez mais progredindo na busca de uma igualdade em relação aos homens, pelo menos em tese.