Liberdade, com origem do latim libertas, um conceito utópico, é dissertada por diversos filósofos. A cada dissertação cria-se um novo conceito e interpretação do que é liberdade. Dentre os filósofos que interpretaram o tema, destaco Pecotche, Mikhail Bakunin e Sartre.
Pecotche, um escritor, conferencista e pensador humanista argentino, acredita que o homem nasce livre, porém só o percebe quando a sua consciência entra em funcionamento como um ser racional e espiritual. A liberdade, segundo ele, tem as suas fronteiras ampliadas ou estreitadas a partir da consciência humana. Quanto mais ampliarmos os domínios da consciência mais livres seremos.
Para Bakunin, um teórico político russo e também um dos principais expoentes do anarquismo em meados do século XIX, se referia a uma realidade concreta baseada na liberdade simétrica de outros. A liberdade consistiria no desenvolvimento pleno de todas as faculdades e poderes de cada ser humano, pela educação, pelo treinamento científico, e pela prosperidade material. A concepção de liberdade de Mikhail Bakunin é eminentemente social, já que só pode ser concretizada em sociedade, não em isolamento. No sentido negativo liberdade é a revolta do indivíduo contra todo tipo de autoridade, divina, coletiva ou individual.
Sartre foi escritor e crítico francês, o qual acreditava que os intelectuais têm o dever de desempenhar um papel ativo na sociedade. Sartre acreditava que o o homem nada era antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para definir a si mesmo. Pela sua tese a liberdade é absoluta ou não existe. Sartre revê a tese de Lutero, a qual diz que a liberdade não existe pois Deus tudo sabe e tudo prevê, porém, como para o francês não há Deus, a liberdade é absoluta. Por outro lado, se tudo fosse reduzido à matéria, a consciência e a liberdade não existiriam, tornando-as, assim, conceitos inexistentes. Se o fundamento da consciência é o nada, nenhum ser poderia explicar o comportamento humano. Não há nenhum tipo de essência - divina, biológica, psicológica ou social - que anteceda e possa justificar o ato livre, este próprio que tudo justifica.
Partindo de reflexões de filósofos, percebe-se a relação do consciente com a liberdade, talvez por esta ser praticada pelo consciente, que quanto maior for mais ampliada é a liberdade. Esta, aplicada numa sociedade, implica em seu estreitamento pelas leis, provavelmente porque as consciências não se desenvolveram em plenitude para o convívio sem auxílio delas, em completa liberdade.
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