Um projeto idealizado e realizado por estudantes do ensino médio, o blog Comentaristas surgiu durante conversas entre esses. Com o objetivo de trazer informações dos mais variados temas, desde notícias do cenário "pop" atual, até matérias completas de política e histórias. Como temos um grande número de autores, as opiniões podem e vão variar de autor para autor, podem até colidir, dando ao leitor, dois pontos de vista contrários para analisar.

domingo, 27 de abril de 2014

O Clichê Nosso de Cada Dia

21:55 Posted by Anna Marchezan No comments
   “Era uma vez...” “Em um reino distante viveu uma garota...” “Então, o belo príncipe chegou com seu cavalo branco e salvou a doce garota inocente...” “E viveram felizes para sempre”. Típicas frases que construíram parte da infância de muita gente. Porém, mais tarde, isso virou “histórias repetitivas e maçantes”.
    Mesmas frases, mesmos princípios, mesmos finais, chega em um ponto que parece ser estranho. Porque será que algumas histórias ou até mesmo filmes adotam um pouco de clichê? Ao passar dos anos, ficou desgastante, previsível e chato! O enredo passa a seguir um padrão, que ao ler (ou assistir) consegue-se muito bem adivinhar qual a próxima cena e na maioria dos casos, a adivinhação está certa.
   Após notar algumas partes clichês, torna-se cansativo, nada empolgante, não existe aquele impulso que te faz ter uma motivação a ler, até porque, é possível pensar em um final para a trama antes mesmo de chegar na metade. Aliás, o que torna a leitura impressionante, são os fatos que nos pegam desprevenidos e não aqueles que seguem uma regra que constitui uma mesma ação.

    Foi o que me aconteceu dias atrás. Pego o livro, o aprecio em minhas mãos, abro ele e dou de cara com uma cena clichê. A pergunta que me fiz até a última página do livro foi “Onde terei ânimo para ler agora?”. Fiquei imaginando as cenas que viriam depois da leitura de certo fragmento, virava a página e o que esteve em minha mente passou-se para o livro. Certamente, em 301 páginas eu me senti uma vidente.
    Durante 21 capítulos enrola-se o romance, para no final: a mocinha ficar com o galã, a vilã nunca mais ser vista e todos “viveram felizes para sempre”. De todas as cenas que continham naqueles parágrafos, lembro-me somente de uma que me fez ficar chocada. Desabafo que foi um desgosto ler aquelas situações clichês.
   Em contra partida, veio-me à tona o livro “Julieta Imortal”. Em seguida do fracasso do antigo livro, apostei todas as minhas expectativas nessa recente narrativa. Ao me deparar com um novo mundo nas palmas de minha mão, fico surpresa: mágicas palavras, incríveis falas, maravilhosos detalhes e revelações em apenas algumas páginas. Estive escassa de estranhezas por um tempo, todavia Julieta Imortal me devolveu a boa sensação de ler aventuras.
   Stacey Jay, autora desse livro, conseguiu destruir a maior história de amor de todos os tempos: Romeu e Julieta. Ela descreve outra versão desse casal, uma versão mais assombrosa e fria que não contém clichês amorosos. Apaixonei-me por cada palavra escrita naquelas linhas que arrepiam qualquer um. E eu estou somente no décimo capítulo.
Se a gente pensar que já viveu tudo o que tinha pra viver, que não há mais surpresas nem vertigens pela frente, que graça terá acordar amanhã de manhã?”
Martha Medeiros


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